CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DE PARAUAPEBAS - PA - ceap.parauapebas@gmail.com

I EJEA – ABRINDO CAMINHOS

Apresentação das atividades dos JA´s
Nos dias 06, 07 e 08 de maio de 2011 aconteceu, nas dependências do Projeto “Igarapé Bahia”, o Primeiro Encontro Juvenil de Educação Ambiental (I EJEA), promovido pelo Centro de Educação Ambiental de Parauapebas – CEAP.
Cerca de oitenta pessoas estiveram presentes, sendo o público alvo jovens estudantes do ensino médio de escolas públicas dos municípios de Marabá e de Parauapebas e alguns estudantes/acadêmicos da UFPa, estagiários/as, mais a equipe de educadores do CEAP – sob orientação do professor José Pedro de Azevedo Martins, coordenador do NEAm (Núcleo de Estudos Ambientais da UFPa).
O encontro visou, inicialmente, ser um espaço de intercâmbio entre os jovens remanescentes do PJA (Programa Jovem Ambientalista), desde o ano de 2006, quando o programa começou. Porém, o objetivo principal era discutir a relação homem-natureza, a necessidade de conservação e preservação do ambiente em sua totalidade, a postura do jovem/cidadão ambientalista e coroar esta discussão/reflexão com a elaboração da Carta da Juventude, sob o tema O Ambientalista da Bacia do Rio Itacaiúnas-Pa.
Sem que fosse verificado qualquer contratempo, o encontro ocorreu dentro da tranqüilidade esperada e os jovens, apesar da pouca idade, deram uma lição de maturidade e respeitabilidade no que concerne à convivência, inter-relacionamento, solidariedade, lazer e principalmente nas discussões em grupos e na plenária.
Podemos destacar três momentos de grande importância deste encontro – sem diminuir a importância dos demais:
1º. Apresentação das atividades dos JA’s (Jovens Ambientalistas).
Na foto trabalho em grupos que definiram a proposta da carta
1.1. Jovens Ambientalistas de Marabá: apresentação - através de texto e imagens (slides) - da história política, econômica e socioambiental do município de Marabá e o desenvolvimento de uma atividade de campo sobre a antiga “Grota das Pacas” – atualmente conhecida como Grota Criminosa – que corta toda a nova Marabá, servindo, quase que exclusivamente, como esgoto e depósito de lixo doméstico.
1.2. Jovens Ambientalistas de Parauapebas: apresentação de slides, de maneira descontraída, sobre algumas atividades dos JÁ’s na Flona e participação em eventos/campanhas de conscientização.
2º. Trabalho em grupos: sob a orientação de quatro pedagogos, as equipes Fogo, Terra, Água e Ar discutiram acerca da questão ambiental e do ensino médio em nossa região. De forma tranqüila e consensual todos foram de acordo que a natureza está sofrendo forte interferência do ser humano e é preciso intensificar o trabalho de conscientização ecológica – não bastam as leis, é preciso cumpri-las. Quanto à educação formal, desde o ensino fundamental e principalmente o ensino médio, pouco ou nada é feito no que diz respeito à educação ambiental; os professores de disciplinas afins não são orientados a incluir a educação ambiental em seus conteúdos de trabalho e os demais professores não são despertados ou não valorizam a educação ambiental como interdisciplinaridade. Restam as iniciativas da educação informal promovida por grupos alternativos como o CEAP e o MEPA (Movimento de Preservação da Amazônia) de Marabá.
Na foto todo o grupo que partcipou do I-EJEA
3º. Plenária – A Carta da Juventude Ambientalista: Das discussões dos quatro grupos de trabalho surgiram textos, redigidos pelos próprios jovens, que foram dignos de elogios do professor José Pedro. Cada equipe apresentou em forma de carta/manifesto suas necessidades e suas aspirações para o ensino médio e principalmente no diz respeito ao conteúdo de educação ambiental. Entre discussões e boas argumentações a plenária decidiu que as autoridades responsáveis pela educação devem privilegiar espaços para estudos e debates sobre a educação ambiental, promover a formação e valorização do profissional da educação, garantir a manutenção da estrutura física das escolas, bem como equipamentos e laboratórios (em funcionamento). Estes elementos estarão na Carta, que será a síntese das discussões dos grupos e das definições da plenária.
Finalmente, o I EJEA foi um aprendizado para todos nós; e por ter sido o primeiro, veio abrir o caminho de uma série de outros encontros desta e de outras naturezas envolvendo jovens ambientalistas e futuros ambientalistas.
Parabenizo a todos os participantes, em especial os organizadores e promotores do encontro, pela coragem, disposição e dedicação. 
Bem, se o caminho está aberto, então vamos meter a cara.
Um grande abraço.


Por: Prof. José Orlando Zelão Vieira Reis
Pedagogo e membro da equipe do CEAP